tátil
•
nas mãos, rios de sóis:
arrebóis, desterros
farpas, silvos, gravetos
anéis, conselhos;
notações imprecisas
de tempo,
dias rarefeitos de espaços
e trânsitos
as noites claras
e suas cargas baldias.
•
nas mãos, depósitos:
ourivesaria inconstante
de massa e acaso;
requiém, oração, consolo:
um descarpir intenso
de ritos e soluços
danações, processos
alvos de incansável
desmaterialização.
•
nas mãos,
a precária luz dos afetos
o passeio florescente
pelos relevos do corpo
espádices, filiações
sobre a nervura dos toques
e ritmos
da melodia incerta
percorrida
no amor.
•
nas mãos, saídas
assinaladas por eternas
gestações;
punhais, chancelas,
portões em primaveras
divinadas
em linhas
sentimentais.
•
nas mãos, inutilezas
a destreza faminta
o arroubo de encontros
a mediação confluente
à aparente ilha
à deriva e distante
sem medida
e sem alcance.
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