16 setembro 2006

(em construção)



Quando à noite,
nas serestas e fantasias
corresse um vento atravessando
quartos tórridos, povoações
de sombras macias e sensuais,
feito nuvens, em revelia
e nos limites
tocassem seus desvãos,

e dois corpos encontrassem,
entre linhas, lençóis assíduos e vorazes
perdida a vista do tempo-espaço
em risos, carícias e recreios,

e nas paredes,
fulgissem assombros
nos pisos,
perambulações anônimas
nos altos,
retiradas
e trilhas
ou areia

diante da noite,
lua só
cheia e convidadeira,
vizinha das manhãs.


16.set/06

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