18 setembro 2006

saudade




saudade é mesmo uma coisa estranha, saber um longe que se aproxima; recebê-lo, em partes, antes da alquimia, afinidade; concretude.

a saudade nos rareia de nós mesmos, e vamos assim distantes e soltos, levados a nós, e nos perdemos em paisagem embrionária; providencial.

tê-la na superfície, antes do toque, a revivescer um canto ermo, uma nota volátil, um arco de voz extendido; uma resposta: além-vento.

e vê-la partir: como se finda, saudosa.

essa irremediável saudade...



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