03 setembro 2006

ela



quando canto
te pressinto perto, companheira das horas
paciente, temperada de sensações
que não se vêem
só percebem

contemplo um semblante
que é feito de tempo
e desmatéria
que ruma à linha abstrata
invisível da teia,
singela
erma de definição

e só me entregando ao tempo
te encontro
numa freqüência
sem registro
na linha da mão que foge à mão.



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