sozinho, diante do espelho branco – ausente de reflexão possível, aclara somente a intenção de quem nele escreve. como se grava um silêncio? e como se recorda? retribui-se, consola? sozinho diante do nada. um nada ainda branco. cheio de luz entremeada, alheia a reflexão, no branco só se colore, anula-se a palidez do vazio. do nada por vir, que ainda tarda na sombra sutil da curva do espelho, espera-se pouco, um pedaço qualquer de suspiro, encantamento, um gemido. qualquer traço de amor é também providencial, quando nada se tem nas mãos. nada para poder entrar ou sair, nada para ficar.
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